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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dança = Paixão


No dia 5 de maio de 2011, na Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional Cláudio Santoro, foi realizado o espetáculo “Don Quixote”, produzido pela Escola de Ballet Bolshoi, no Brasil. A apresentação tinha o propósito de mostrar a arte das bailarinas e bailarinos da escola, e também, o crescimento da cidade de Joinville, depois que a filial do Bolshoi chegou à cidade.

Dentre o público, de mais de 1400 pessoas, estavam o prefeito da cidade de Joinville, Carlito Merss, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov e alguns jornalistas. Antes do espetáculo, a ministra da cultura, Ana de Hollanda e o Embaixador russo, receberam uma placa com os dizeres: “A arte é presente e alimento para a alma daqueles que a prestigiam e apóiam”, uma homenagem pelo apoio que eles oferecem as artes e a cultura do nosso país.

Espetáculo Don Quixote - Bolshoi, Brasil.
O espetáculo foi maravilhoso e durou por volta de duas horas e meia. Durante toda a apresentação, os bailarinos encantaram o público com sua graciosidade e excelente execução dos movimentos. A platéia pôde prestigiar um trabalho consagrado, e os também dançarinos clássicos presentes, puderam tirar uma inspiração para o seu dia a dia de ensaios.

Não foi um evento em que as pessoas tiveram dificuldades de acesso. Foi bem organizado e com um preço acessível. O único problema foi em relação à marcação de lugar. As cadeiras da frente eram reservadas aos governadores, prefeitos e ministros citados anteriormente e as cadeiras mais acima eram do restante do público, então, para que pudéssemos sentar em um bom lugar, precisamos chegar bem cedo ao teatro.

Para mim, que sou bailarina clássica, foi um ótimo espetáculo. Posso resumir em uma noite inesquecível.

*Por Anna Gabriella de Souza Brinck, 15 anos, leitora do Espalhando Cultura.

Sobre mim

Anna Gabriella Brink
Tenho 15 anos e comecei a dançar balé aos dois. Quando completei 10 anos, entrei para a dança de rua também, como um desafio pessoal. Um ano depois, tive que fazer uma escolha, pois estava muito complicado criar uma harmonia entre as duas. Escolhi o balé, onde danço até hoje.

O balé exige muita dedicação, disciplina e amor. Para mim, é a dança mais difícil e ainda, e é a base para as outras modalidades. Eu faço aulas na Academia de Dança Noara Beltrami. O ritmo é puxado, ensaio todos os dias, com exceção aos domingos. Durante o ano, também fazemos várias viagens para dançar em festivais como o “Passo de Arte”, nas cidades de Belo Horizonte, Indaiatuba e Joinville.

O balé mudou a minha vida em muitos pontos; mudou o meu corpo, pois ganhei flexibilidade, força e resistência, mudou minha mente, pois é uma forma de expressar os meus sentimentos e mudou meu estilo. Eu ando diferente, me sento diferente, me alimento diferente. A dança em geral causa isso nos bailarinos, cada passo é feito com técnica, mas tem um toque pessoal de cada pessoa, e isso que faz uma coreografia ser linda ou horrível. Além de técnica, os bailarinos precisam saber dançar a música e interpretar.

Muitos me perguntam por que eu ainda faço balé, se eu sou muito cobrada, se me machuco muitas vezes, se perco feriados e férias para ensaiar, se só viajo para competir em festivais no decorrer do ano e minha resposta é a mesma: Eu faço tudo isso porque amo.

O balé não é só uma dança, é um estilo de vida. Entrar em um palco e dançar bem é a mesma coisa de ganhar na loteria, causa uma alegria sem fim. Escutar elogios de professores é maravilhoso e dá ainda mais motivação. As bolhas, calos e machucados não importam. Sempre tem os momentos tristes, mas o choro alivia e nos dá vontade de treinar mais para poder melhorar. É meio complexo esse mundo do balé, mas, quem está nele sabe o tanto que é maravilhoso.

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